Sobre as buscas cotidianas: segurança.

Sobre as buscas cotidianas: segurança.

31/10/2016

Segurança é um tema que faz parte da nossa vida. 
Pertencimento assegura proteção e segurança. Isso quer dizer que tudo que existe precisa ter um lugar reconhecido.
Só sobrevive uma empresa, uma família, um grupo, quando existe união, pertencimento. 
A união faz a força. E um grupo por si só pode não ter sucesso. 

Sim, precisamos nos sentir seguros nas relações. Desse modo o grupo precisa de um líder. Os pais na família, o chefe na equipe de trabalho. 
Se cada um faz a sua parte, todos ganham. Essa é a lei infalível do dar e receber.
Mas se sou filho de pais que me possibilitam conexões, por que não me sinto seguro? 
Bert Hellinger em seu livro: A fonte não precisa perguntar pelo caminho, afirma que os pais estão sempre presentes nas crianças. Quando rejeito um deles, rejeito também a criança. A criança sente isso e fica dividida. Não pode ficar completa. 

O que acontece quando reconheço minha origem? Me sinto conectado e seguro. Esse gesto representa o tomar a vida e é um ato religioso, uma vez que me liga a todos que vieram antes. Assim é possível promover saúde e segurança. 

Ao contrário de uma ordem natural, cada um traz exigências de como os pais deveriam ser. Nesse ponto perde-se a conexão. Com necessidades de reconhecimento e buscando assegurar seu lugar no mundo, exatamente ai perde-se a conexão; por rejeitar o lugar de onde viemos.
Já que estamos magoados por não ter o tratamento que gostaríamos, nos apegamos a verdade que construímos para nós mesmos: não somos amados o suficiente. 
O complicado é que a verdade é um bem efêmero. É  um lampejo. Um relâmpago do ausente para o presente. Totalmente válida no instante em que reluz. Só vale por frações de segundos. 

Mas vivemos à custa de outros, e só podemos viver assim. Também haverão os que viverão as nossas custas. 
Estamos enredados uns nos outros, com seus emaranhamentos. Quando reconhecemos isso, então nos submetemos a alternâncias de culpas e inocências, do dar e receber como der e vier. 

A força está na origem de cada um de nós. Ela vive em nossas histórias de família. 
Sim, de onde viemos e tantas vezes desprezamos, é dai que extraímos certezas em relação a tudo que foi, tal como foi. Nada podemos mudar. E tudo está muito bom. 
Na impossibilidade de aceitar tudo como foi, qual a chance de aceitar o que é, ou o que virá? Como me alegrar com meu parceiro(a) se não me alegro com quem veio antes de mim e me concebeu? Como me sentir seguro? 

Marta Maria Gomes - É psicóloga e facilitadora em Constelações Familiares. Adora cinema e toda forma de arte. Respira famílias e as dinâmicas que ela abarca. Tem mais, muito mais.

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