Nosso relacionamento com nossos pais? Para responder a essa pergunta é interessante nos atentarmos às palavras do teólogo, filósofo e psicoterapeuta alemão, Bert Hellinger, que desenvolveu uma abordagem de ajuda nas diferentes questões das relações humanas, metodologia que utilizamos em nossos Workshops em Constelações Sistêmicas.
Para Hellinger, mesmo quando somos adultos, nós continuamos levando conosco a criança que fomos e levando também os julgamentos, as reivindicações e as acusações aos nossos pais. Ele ainda diz que só conseguimos seguir bem na vida tomando nossos pais como eles são. Como pessoas normais, que fizeram o possível. Ou seja, sermos gratos e tomarmos deles a vida do jeito que foi e da maneira que chegou até nós.
E importante: sendo adultos-crianças não é possível se separar dos pais. Os sentimentos de necessidade e acusação prendem de tal maneira aos pais que, apesar de estar vinculados, é como se não tivéssemos pais.
O “não” que estas crianças dizem a seus pais acaba sendo dito para elas mesmas, pois, todos nós somos nossos próprios pais porque somos a continuação biológica deles. Então elas se sentem vazias, carentes e fracas. É importante dizer que quando falamos crianças, nos referimos a qualquer idade. Todos nós somos as crianças que fomos um dia, já que elas continuam a viver dentro de nós
Essa reflexão sobre o relacionamento com nossos pais é a segunda ordem do amor, parte da abordagem de Bert Hellinger: que as crianças tomem de seus pais, aquilo que estes possam dar, da forma que vier, sem nenhuma exigência extra, pois, o que eles nos deram já foi suficiente e permitiu que a vida chegasse até nós.
Fonte: www.iperoxo.com